A reforma tributária, embora com efeitos econômicos concentrados nos próximos anos, já deve impactar as demonstrações financeiras de 31.12.2025, especialmente nos testes de impairment de ativos de longa duração e do goodwill e na reavaliação de ativos fiscais diferidos.
Conforme CPC 01 e CPC 32, as companhias precisam incorporar às projeções todas as mudanças fiscais e operacionais que afetem fluxos de caixa e a capacidade futura de geração de lucros tributáveis.
A substituição de ICMS, ISS, PIS e Cofins por IBS e CBS altera carga tributária, créditos e margens. Benefícios fiscais podem ser extintos, afetando rentabilidade.
Setores com cadeias longas ou limitado repasse de preços podem ter pressões adicionais nas projeções. A reforma também influencia taxas de crescimento, valor residual e maior necessidade de capital de giro.
Diante do cenário regulatório em evolução, as demonstrações financeiras devem trazer disclosures claros sobre premissas adotadas, sensibilidade às mudanças tributárias, riscos e incertezas considerados e a forma como a reforma foi refletida nos testes de impairment.