
Compartilhe este Artigo
A Reforma Tributária brasileira, em pauta desde 2023, vai muito além das alíquotas e obrigações fiscais. Ela traz uma transformação profunda na forma como as empresas se relacionam – internamente, entre áreas, e externamente, com parceiros, fornecedores, clientes e o próprio Fisco.
Enquanto setores como a indústria e o agronegócio buscam caminhos estratégicos para adaptação, o setor de serviços, por exemplo, enfrenta desafios mais diretos e intensos, exigindo uma habilidade cada vez mais refinada de comunicação e negociação para manter o equilíbrio entre os interesses e sustentar a operação.
Diálogo Interno: Alinhamento e Transparência
A transição para o novo modelo tributário exige mais do que adequações técnicas. Ela demanda colaboração real entre áreas jurídicas, financeiras, operacionais e comerciais.
O segredo está na construção de uma linguagem comum e na prática de um diálogo transparente e contínuo. Ferramentas de compliance fiscal automatizado, por exemplo, podem ser grandes aliadas nesse processo, ao facilitar a gestão de alíquotas e obrigações acessórias e, ao mesmo tempo, reduzir ruídos e conflitos internos.
Mais do que nunca, a área de Relacionamento assume um papel estratégico: ajudar a conectar os pontos dentro da organização, aproximar as áreas e alinhar prioridades com empatia e assertividade.
Relações Externas: Adaptação e Resiliência
Do lado de fora da empresa, os impactos também são relevantes. A recente jurisprudência do STJ sobre responsabilidade solidária em grupos econômicos é um exemplo claro: agora, mais do que nunca, é necessário garantir que as relações entre empresas de um mesmo conglomerado estejam claras, bem documentadas e juridicamente protegidas para evitar interpretações indevidas por parte do Fisco.
Isso reforça a importância de manter relações baseadas na confiança, na transparência e na solidez documental — com fornecedores, clientes e parceiros estratégicos.
Conclusão: Relacionamentos que Criam Valor
Relacionar-se bem, nesse novo cenário tributário, é um diferencial competitivo.
Em tempos de transformação, é preciso unir agilidade técnica, sensibilidade institucional e resiliência estratégica. Isso significa desenvolver relacionamentos consistentes e sustentáveis, capazes de construir pontes entre setores, pessoas e o poder público — e, com isso, garantir que a transição para o novo sistema tributário seja feita com segurança, eficiência e, principalmente, geração de valor para todos os envolvidos.
A arte de se relacionar está no centro dessa jornada. E quem souber praticá-la com inteligência e empatia, certamente sairá na frente.